O massacre em Aracruz na última semana deixou todo o nosso país de luto. Quatro vítimas fatais, uma comunidade toda destruída pelo ódio. Nos últimos anos assistimos à escalada de casos de violência como este. Em apenas 2 meses o Brasil registrou 3 ataques a escolas: em Aracruz (ES), Sobral (CE) e Barreiras (BA).
Em Minas Gerais não é diferente. Hoje mesmo uma escola em Contagem foi alvo de ataques com referências nazistas, uma exposição sobre o Dia da Consciência Negra foi destruída. E recebemos outra denúncia grave na cidade de Carrancas.
No último dia 18, solicitei à Polícia Civil a investigação das ameaças sofridas por uma professora da rede estadual em Carrancas. Uma pessoa que se diz aluna da escola, invadiu um perfil no intagram e a partir dele fez uma série de ataques à professora, ameaçou sua vida e disse que iria fazer um massacre na escola. Ameaças graves contra a vida da professora e contra toda a comunidade escolar.
Mas até hoje não tivemos nenhuma resposta da Polícia Civil. Nenhuma providência foi tomada para garantir o retorno seguro dela na escola, a segurança dos outros estudantes e servidores.
É preciso agir imediatamente! Vamos permitir que o massacre de Aracruz se repita em MG?
Não são casos isolados, são reflexo da cultura de violência e de ódio que se fortaleceu nos últimos anos no país. A gente viveu quatro anos sob uma política que incentivou e facilitou o acesso à arma, que incentivou as pessoas a se armarem, que pregou o ódio, a intolerância, a violência. Precisamos zelar pela saúde física e mental dos professores, servidores e estudantes. É preciso limitar o acesso às armas e promover uma cultura de paz. É preciso agir para que casos como esse não se repita. Para que o terror não seja uma realidade nas escolas.