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CPI dos Fura-Filas: Relatório final comprova irregularidades e denuncia alto escalão do governo Zema

A CPI dos Fura-Filas aprovou na tarde desta quinta-feira (08/07/2021), o seu relatório final. Foram mais de 3 meses de investigação, 27 depoimentos coletados e 159 requerimentos aprovados. A 1ª fase dos trabalhos da CPI investigou a vacinação do ex-secretário de Saúde e servidores da secretaria, que usaram seus privilégios para furar a fila e se vacinarem antes mesmo dos profissionais na linha de frente do combate à Covid-19, cometendo uma série de irregularidades, incluindo a autorização para a vacinação de quase 1800 servidores da secretaria.

O relatório concluiu que a vacinação foi ilegal e denunciou por crimes de peculato e improbidade administrativa o ex-secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o secretário adjunto, Luiz Marcelo Cabral Tavares, o chefe de Gabinete, João Márcio Silva de Pinho, e a subsecretária de Vigilância em Saúde, Janaína Passos de Paula.

“A CPI dos Fura-Filas cumpriu o seu papel, comprovando as irregularidades na vacinação do ex-secretário de Saúde e membros do governo Zema, que usaram seus privilégios para furar a fila e se vacinarem antes mesmo dos profissionais na linha de frente do combate à Covid-19. Também comprovou a falta de investimentos e de uma gestão eficiente na saúde durante a pandemia”, afirmou o deputado estadual Cristiano Silveira.

Na 2ª fase, a CPI comprovou a falta de investimentos em Saúde e de eficiência na gestão dos recursos pelo Governo Zema. Mesmo com a pandemia, Minas Gerais reduziu os investimentos na área em 1,63%, ao contrário de outros 25 estados, que aumentaram os investimentos em até 40%.

Minas também deixou de investir em Saúde o mínimo de 12% previsto pela Constituição. O Estado destinou apenas 10,75% da arrecadação para a área em 2020. O Governo Zema também deixou de repassar recursos para o enfrentamento à pandemia nas cidades, e deve R$6,8 bilhões em repasses para a Saúde dos municípios. As denúncias serão apuradas pelo Tribunal de Contas do Estado.

“Tudo isso deixa claro a falta de eficiência e transparência da gestão Zema, bem diferente do que diz a publicidade do governo”, afirmou o deputado estadual Cristiano Silveira, suplente da CPI.  Para ele, a investigação cumpriu o seu papel de fiscalizar, investigar e defender os interesses dos mineiros.

 

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